O câncer renal é uma doença que, segundo as estimativas mais recentes do Ministério da Saúde, acomete mais de 12 mil brasileiros e causa aproximadamente 4 mil mortes por ano em todo o país.
Globalmente, essa patologia está entre os 14 tipos de câncer mais comuns, com mais de 400 mil diagnósticos e mais de 170 mil mortes em 2020, conforme relatado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nesse sentido, é comum que existam dúvidas se realmente essa é uma doença que tem cura, e quais são os principais tipos de tratamentos disponíveis. Nesse artigo vou discorrer sobre esse assunto e responder essa pergunta. Boa leitura!
O que é o câncer renal?
Também conhecido como carcinoma de células renais, esse é um tipo de câncer que se origina nos rins, que são órgãos responsáveis por filtrar o sangue, remover resíduos, controlar o equilíbrio de eletrólitos e regular a pressão arterial.
Nesse sentido, essa patologia geralmente começa nas células do revestimento dos pequenos tubos dentro dos rins, conhecidos como túbulos renais.
Ele é caracterizado pelo crescimento descontrolado de células anormais nos rins, que podem formar um tumor e, em alguns casos, se espalhar para outras partes do corpo.
É importante destacar que existem diferentes subtipos, sendo o mais comum o carcinoma de células claras, que representa aproximadamente 85% dos casos. Outros subtipos incluem o carcinoma papilar e o carcinoma cromófobo.
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O que pode causar o câncer renal?
Fatores genéticos e hereditários podem caracterizar o principal motivo dessa condição, mas não são necessariamente a principal causa do surgimento dessa patologia.
Fatores ambientais e de estilo de vida também são influentes, como por exemplo o tabagismo, que é um dos principais fatores de risco, aumentando significativamente a probabilidade de desenvolver a doença.
A obesidade e a hipertensão arterial também podem contribuir, além de pacientes com doença renal avançada, em uso prolongado de diálise.
A exposição a certas substâncias, como o amianto, cadmio e alguns solventes orgânicos, usados em certas indústrias, também podem ser fatores de risco para o surgimento da doença.
Certas condições, como a esclerose tuberosa e a doença de von Hippel-Lindau, estão associadas a um risco aumentado de desenvolver este tipo de câncer.
É importante destacar que a maioria dos casos ocorrem em pessoas com mais de 50 anos, com uma propensão maior de ser desenvolvido em homens do que mulheres.
É válido esclarecer que a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que uma pessoa certamente desenvolverá câncer renal, mas indica uma necessidade maior de vigilância e potencialmente de exames regulares.
Quer saber mais sobre o câncer dos rins? Então confira o vídeo abaixo:
Quais são os principais sintomas?
A maioria dos pacientes não apresenta nenhum sintoma, sendo esta doença muitas vezes diagnosticada acidentalmente, isto é, quando o paciente realiza exames de imagem do abdome por algum outro motivo, e acaba descobrindo a presença de um tumor nos rins.
Em estágios iniciais os sintomas não costumam ser aparentes, o que pode levar a diagnósticos muitas vezes tardio. Porém, à medida que o câncer se desenvolve, alguns sinais podem surgir. Abaixo vou falar sobre os principais deles.
Hematúria
A presença de sangue na urina, conhecida como hematúria, é um dos sintomas mais comuns. O sangue pode ser visível a olho nu ou apenas detectável através de exames laboratoriais.
Dor e inchaço
Dor persistente na região lombar ou ao lado pode ser um indicativo. Além disso, o inchaço ou a formação de uma massa palpável no abdômen ou na área dos rins também pode ser um sinal da doença.
Sintomas sistêmicos
O câncer renal pode causar sintomas gerais, como fadiga inexplicada, perda de peso sem motivo aparente, febre intermitente e mal-estar geral. Esses sintomas são mais comuns em estágios avançados da doença.
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Câncer renal tem cura? Conheça os tratamentos!
A possibilidade de cura ou controle a longo prazo depende de vários fatores, incluindo o tipo e estágio do câncer, a saúde geral do paciente e a resposta ao tratamento.
No entanto, com o avanço da medicina, já existe uma boa chance de cura, desde que a doença seja identificada em seu estágio inicial. Quando isso acontece, a cirurgia se torna o primeiro tipo de tratamento.
Vale destacar que existem diferentes tipos de cirurgias, como nefrectomia parcial (remoção de parte do rim), nefrectomia radical (remoção de todo o rim), e cirurgias laparoscópicas ou robóticas, que são menos invasivas.
Para casos avançados ou metastáticos, opções como terapias alvo e imunoterapia são frequentemente utilizadas. Terapias alvo visam bloquear funções específicas das células cancerígenas, impedindo seu crescimento e disseminação. Já a imunoterapia estimula o sistema imunológico do corpo a atacar as células cancerígenas.
Embora menos comum para o tratamento principal, a radioterapia também pode ser usada para aliviar a dor ou outros sintomas em casos mais avançados.
Para os pacientes com tumores muito pequenos (menores que 4cm de diâmetro), ainda há 2 outras opções de tratamento: a ablação, que envolve a destruição do tumor através do frio (crioablação) ou calor (ablação por radiofrequência); a vigilância ativa, que consiste em apenas seguir e observar o tumor, com exames de imagem frequentes, sem medidas invasivas inciais.
Portanto, a melhor maneira de evitar se chegar em um estágio avançado é por meio de exames regulares para a identificação precoce do câncer renal. E eu, Dr. João Victor Rossi, médico de próstata, me coloco à disposição para maiores esclarecimentos. Marque uma consulta!